Adolescentes que têm amigos mais gordinhos do que si mesmos correm mais risco de ganhar peso. Já quem circula entre um grupo de amigos mais magro tende a manter a balança no mesmo número ou, pelo menos, a engordar de forma mais equilibrada e demorada. Este é o resultado de um estudo feito na escola de medicina da Universidade Loyola, nos Estados Unidos, e que acaba de ser divulgado no respeitado jornal científico gringo PLos ONE.
Segundo o doutor David Shoham, um dos coordenadores da pesquisa, a rede social dos estudantes também exerce influência no hábito de praticar esportes regularmente
- Nós não devemos tratar adolescentes isoladamente [quando se trata de obesidade].
O objetivo dos cientistas era determinar por que razão obesidade está relacionada a nossas redes sociais. Amigos influenciam os comportamentos uns dos outros? Ou será que adolescentes gordinhos tendem a sociabilizar mais com seus semelhantes do que com magrinhos (e vice-versa)?
Para descobrir suas dúvidas, os pesquisadores examinaram dados de duas grandes escolas que participaram de um grande estudo sobre saúde na adolescência. Um dos colégios analisado fica numa área rural e a maioria de seus estudantes é branca. Já a segunda escola fica numa área urbana, com uma grande diversidade étnica.
Os mais de 1.700 estudantes participantes tiveram de responder a questões sobre seus pesos, amizades, atividades esportivas e tempo gasto assistindo à televisão.
Os pesquisadores, então, descobriram que parte da razão pela qual a obesidade está relacionada à rede social é o modo como os adolescentes selecionam seus amigos. Mas isso não é tudo.
Quem está com sobrepeso e circula entre pessoas mais magras do que si mesmo tem 40% de chance de chegar ao seu peso ideal e 27% de chance de aumentar seu IMC e, com isso, se tornar obeso.
Já se essa mesma pessoa tiver amigos obesos (com IMC acima de 30), há apenas 15% de chance de, no futuro, emagrecer e 56% de chance de engordar. Com isso, os pesquisadores fazem um alerta para a importância de se criar uma estratégia inicial para prevenir o ganho de peso, mais do que para combater sua principal consequência, ou seja, a obesidade.
Via R7

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