Feministas americanas estão denunciando um projeto de lei sobre aborto que tramita no Arizona, dizendo que ele considera que uma criança já existe mesmo antes de ser concebida. Segundo o texto, a gestação, ainda que apenas hipotética, começa no primeiro dia depois do último período menstrual da suposta mãe.
A referência seria usada para a contagem das semanas de gestação. Alguns médicos adotam essa referência porque não é possível determinar o momento exato da concepção, mas a idade gestacional a partir do fim da última menstruação também é imprecisa – o ideal seria identificar a data dos primeiros sinais de ovulação. Os críticos dizem no entanto que o texto, que veta o aborto depois da 20ª semana, na verdade “ganha” pelo menos duas semanas, que é o intervalo de tempo normal entre o fim da menstruação e a potencial concepção, de modo que a interrupção da gravidez não poderia ser feita depois da 18ª semana. Essas duas semanas, dizem os opositores da lei, seriam importantes para estabelecer a “viabilidade” do feto e o potencial risco à mãe – e esse dado oferece à mulher a possibilidade de escolher entre ter ou não a criança, como prevê a lei em vários Estados americanos.
Via Estadão
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